Uma semana de atraso! Mas cá estou para contar o que aconteceu no último encontro do Clube de Leitura Penguin da Livraria Cultura que participo todos os meses. O encontro de janeiro aconteceu semana passada, já em fevereiro e o livro que lemos foi Infiel da Ayaan Hirsi Ali da editora Companhia das Letras. Uma autora da Somália, uma autobiografia.
Capa da edição econômica |
O livro começa com o assassinato de um cineasta holandês em 2004 com quem Ayaan fez um curta metragem chamado Submissão com uma carta que a próxima vítima seria a Ayaan Hirsi Ali. Ayaan era uma deputada eleita na Holanda e começa a contar a história da sua vida. Sua infância na Somália, com os clãs tão comuns daquela região africana. Narra como os pais se conheceram, se casaram e tiveram 3 filhos. Seu pai era um ativista político na Somália, era contra o então presidente e a família toda tem que fugir de lá. A mãe dela sofreu muito nessa partida, pois como mulçumana queria ir a um país totalmente islâmico. Foram primeiro a Arábia Saudita, depois para Etiópia e enfim no Quênia. Seu pai é totalmente ausente e sua mãe chega a ser brutal com os filhos. E aos 5 anos Ayaan sofre com a cliterectomia (circuncisão feminina), trecho totalmente impactante. Uma mutilação terrível!
capa da edição normal. |
Uma infância cheia de sofrimentos, com mudanças de escolas e línguas diversas. Na adolescência tem uam professora de alcorão que a deixa uma muçulmana extremamente devota. Volta a Somália mas com a guerra de clãs no país não passa muito tempo e volta para ao Quênia. Seu pai decide casa-lá com um somali residente no Canadá. Para ir ao encontro do marido ela viaja primeiro para a Alemanha onde decide ir para a Holanda e fugir desse casamento de conviniência. Pede asilo político na Holanda onde começa a fazer faculdade de ciências políticas e sua mente se abre a novas aventuras. Começa a se questionar sobre sua religião, a submissão das mulheres no Alcorão, o porquê das diferenças entre homens e mulheres se todos são iguais. Isso a deixa descrente. É quando se elege a Deputada e decide filmar o curta-metragem para que as mulheres consigam enxergar o papel dela na sociedade islâmica, que não podem ser submissas como exigem. Com o assassinato do cineasta, Ayaan tem que fugir novamente e hoje em dia mora nos EUA.
Literalmente falando o livro não é uma obra prima. Tem partes monótonas e um tanto repetitivas. Uma história para conhecermos mais a cultura islâmica e da região norte da África. A parte do livro na Holanda é mais animada, mais gostosa de ler. A Ayaan escreveu outros livros, entre eles Nomânde que é a continuação do Infiel. O nosso encontro foi bem animado e rendeu várias discursões!! Bom assim!
Beijos literários
Adriana Balreira
8 comentários:
Deve ser bem legal esse livro! Gostei! bjs, chica
Oi Adriana,
Adoro livros biográficos e ainda nãoli este. Vou anotar em minha listas de livros para ler.
Bjs
GOSTO DISTO
Oi, Adriana, gostei da história e do livro, anotado!
Felizes dias, abraços carinhosos
Maria Teresa
Oi Adriana, bt!
Uma das minhas metas p/2017 é arranjar tempo e voltar p/minhas leituras, coisa que eu adoro!
Bjssss amiga
Adriana,
Não curto muito livros com esse tipo de temática. Espero que goste do blog da Luli, tem tudo haver com vc.
big beijos
Oi, Dri,
Este tipo de livro é importante por mostrar realidades e circunstâncias que muita gente desconhece. Fiquei com vontade de ler este livro, que relata uma estória real.
Um beijo
eu fiquei muito impressionada com esse livro. interessante q anos depois li malala. as duas sofreram muito. e cada uma tem um pensamento oposto em relação aos radicalismos. pelas sucessivas mudanças de países que ayaan viveu, ela acaba entendendo e conhecendo muito os países. a capa que leram é diferente da minha. eu particularmente gosto mais da capa do q tenho aqui. ah, aqui está o post do meu. li em 2009 http://mataharie007.blogspot.com.br/2009/11/infiel.html beijos, pedrita
Hello, Adriana!
É um livro forte e real.
Beijinhos, ótima semana ♥
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Olá, adoro ler os comentários que vocês deixam.
Beijos
Adriana Balreira