Desde a premiação do Nobel de Literatura de 2015 para Svetlana Aleksiévitch, quero muito ler o livro Vozes de Tchernóbil. Amei saber que o Grupo Companhia das Letras é o responsável pelas edições lançadas aqui no Brasil. E no dia 26 de abril, quando o maior acidente radiotivo fez 30 anos, foi lançado o livro Vozes de Tchernóbil.
Quando o livro foi lançado pela Companhia das Letras fiquei intrigada pelo título: Vozes de Tchernóbil! Sempre pensei que o correto seria Chernobyl ou Chernóbil. Então fui pesquisar e encontrei um site que explica qual grafia seria a correta: Tchernóbil.
A jornalista Svetlana nesse livro traz relatos dos sobreviventes, populares habitantes da região afetada pelo desastre. A cidade de Pripyat fica na Ucrânia, onde está localizada a usina nuclear de Tchernóbil. Mas a maior área afetada, onde o vento levou a radiação, fica na Bielorrúsia, país de origem da vencedora do Nobel. Os relatos do livro são chocantes, são de vários tipos de pessoas: físicos, gente comum, pessoas que combateram o incêndio, mulheres, idosos, crianças, homens que viveram de perto o terror. São depoimentos fortes, mostram a verdadeira história do povo que lá viveram e ainda vivem na região.
Mostra a força do povo soviético que enfrentam tudo sem medo. Apresenta o quanto esconderam da quantidade de radição que o acidente de Tchernóbil jogou na atmosfera, na terra, nas águas. Na época do acidente ainda reinava a União Soviética, fechada, reclusa, onde tudo era feito às escondidas, então imaginem o quanto de informações não revelaram para seu povo e para o mundo. Até hoje, após 30 anos, o grau de radição ainda é grande! E o livro traz justamente o sentimento desse povo que tanto foi enganado pelos governantes. Porque o acidente em si, todos já sabem! Mas a vida desse povo que mora nas imediações, do pessoal que combateu o fogo horas depois do grande acidente, dos habitantes das vilas distantes onde o vento levou a grande massa da radição, isso tudo foi mostrado neste livro maravilhoso.
Pripyat |
Sim, não vou mentir, o livro é extremamente triste, sofrido. Conta histórias das mortes dos bravos bombeiros. Narra o sofrimento de quem era convocado para se deslocar para a região e fazer a limpeza da terra e nem sabiam o perigo que estavam expostos. A grande quantidade de pessoas que ainda vivem na região por não quererem sair de sua casa, ou vivem lá fugindo da guerra de outros locais. Relatos que muitas vezes me fizeram parar de ler de tão dolorido. Fico imaginando a quantidade de doenças, de horror vividos, da tristeza.
Sou louca pela história da antiga União Soviética e lembro de quando surgiram as informações desse desastre em 1986. E sempre procurei saber tudo sobre Tchernóbil. Documentários, filmes, programas... Um filme maravilhoso sobre esse acidente é o A Terra Ultrajada, tentem assistir, maravilhoso. É uma temática que me fascina. E esse livro me mostrou um outro ponto de vista nunca observado antes. AMEI ler e indico a todos que leiam. É perfeito, esclarecedor e com uma escrita fantástica. Ficaria aqui horas e horas comentando sobre o livro e não me cansaria. So digo mais uma vez, LEIAM!!
Beijos sem radiação ♥ ♥ ♥
Adriana Balreira
Beijos sem radiação ♥ ♥ ♥
Adriana Balreira
11 comentários:
Oi, Dri,
Como eu já disse, hei de ler este livro! Eu me lembro bem da época do acidente em Tchernóbil. Este evento me fez ver duas coisas: 1 - Que apesar do isolamento da União soviética e da manipulação da informações sobre o caso, todos sabíamos que a coisa lá tinha sido terrível. E, 2 - Que o mundo todo está ligado, para o bem e para o mal, por isso seria melhor que houvesse mais integração entre os países e mais cooperação desinteressada entre eles.
Um beijo
eu vou só ler em detalhes qd ler. muito triste que o brasil só traduza essas autoras depois delas ganharem prêmio nobel. se são indicadas ao prêmio é pq os livros já circulam no mundo. o brasil sempre atrasado. quero muito ler. está anotado desde que ela ganhou. beijos, pedrita
Adriana querida,
O mundo da leitura é riquíssimo, eu não conhecia esse livro, gostei da resenha.
Valeu pelas dicas!
Beijos, abençoada semana! ♥
Oi Adriana, esses dias assisti ao documentário especial dos 30 anos dessa tragédia...triste. Se der lerei, a gente precisa sentir um pouco de dor alheia, mesmo que seja só superficial e simbolicamente, para prestarmos mais atenção no quanto somos felizes por não estarmos em situações como ou parecidas com essa.
Beijos!
Em geral as coisas tristes dão belas histórias.Bela tua resenha! bjs, chica, linda semana!
Oi Adriana, bom dia!
O livro deve ser triste mesmo. Essa tragédia marcou muito e mesmo com a omissão de muitas informações, foi visto como um dos fatos mais chocantes contra a humanidade.
Amiga, eu não tenho mais a foto do fubá, mas vou deixar um link de imagens p/vc dar uma olhadinha ok?
Bjsss e uma semana abençoada
Só achei esse link, mas tem diversas fotos... Eu uso o fubá de milho comum mesmo. Espero que o link te ajude!
https://www.google.com.br/search?q=imagem+de+fub%C3%A1+granfino&espv=2&biw=1366&bih=643&tbm=isch&imgil=q_0W1NBBODdUXM%253A%253BYRWBFe3Wryuj_M%253Bhttp%25253A%25252F%25252Fwww.zonasulatende.com.br%25252FProduto%25252FFuba_Granfino_1_kg_--10510&source=iu&pf=m&fir=q_0W1NBBODdUXM%253A%252CYRWBFe3Wryuj_M%252C_&usg=__UqCqDZBTY3HIVQDxh16BhGST3Mg%3D&ved=0ahUKEwj-6KrozJPNAhWK6SYKHXGAC1wQyjcINw&ei=H4dVV77dB4rTmwHxgK7gBQ#imgrc=_ p/vcs
Lembro qdo o acidente aconteceu eu estava no ginásio e fiz mtas pesquisas para trabalhos escolares. Parece que o ocidente esqueceu de tudo isto e só agora 30 anos após que estão lembrando do horror que foi tudo isto.
Deve ser um livro triste mesmo.
Bjs
Oi Adriana,
Nunca li nenhum livro sobre Chernobil e gostei muito da resenha, vou anotar.
Acabei de ler "As Irmãs Romanov", que vc indicou e gostei muito.
Bjs
gosto-disto
Oi Dri,
Esse livro deve ser muito comovente.
big beijos
Lulu on the sky
Comoventes livros.
Estou lendo o livro que , por acaso, chamou minha atenção. Já chorei lendo o depoimento de algumas pessoas. Aí, me pergunto: Qual é a situação do ser humano trabalhador??? Ser tapa buraco dos dirigentes das nações???
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Olá, adoro ler os comentários que vocês deixam.
Beijos
Adriana Balreira